sábado, 7 de junho de 2008

'Transpondo' os Limites do Trânsito

TÍTULO 1: "Nova Ditadura ou Caminho para o Fim da Violência no Trânsito?"


Alto índice de acidentes de trânsito em termos de Brasil não é novidade alguma. Os motivos são os mais variados possíveis: desatenção dos motoristas (falando ao celular enquanto dirigia, ouvindo som muito alto, vendo dvd portátil, etc.), imprevistos (um espirro, algum animal cruzou a pista, o freio não funcionou, etc.), clima desfavorável (causando ciclone, tormenta ou algum fenômeno da natureza afim), imprudência, negligência, entre outros fatores. Mas o fator que volta e meia emerge na discussões da sociedade, seja pelo povo, seja pelas autoridades dos 3 poderes, é sempre o mesmo: O USO DE ÁLCOOL NA DIREÇÃO. Tudo começou com uma fiscalização maior. Principalmente com o Governo Yeda Crusius, no Estado do Rio Grande do Sul, as barreiras próximas às principais danceterias de Porto Alegre e arredores começaram a ser mais frequentes. Os acidentes de trânsito envolvendo pessoas entorpecidas seguiram acontecendo. Como as pesquisas encomendadas pelos governos estaduais comprovaram que a maior parte dos acidentes se consumava no final de semana, na parte da madrugada e envolvendo adolescentes ou maiores na faixa de 17 a 30 anos, o que levou à "conclusão elementar" de que os sinistros tinham vínculo com as festas que eram celebradas nas danceterias, bares e pubs. Ante este quadro desalentador, as autoridades começaram a buscar outras alternativas.

A primeira medida adotada foi o fim da consumação nas casas noturnas. Os políticos entendiam que a consumação era uma forma "coativa" de se obrigar as pessoas a beber, automaticamente, acabavam saindo das festas embriagadas, e acabavam cometendo acidentes de trânsito. Ocorre que os acidentes seguiram acontecendo. Os jovens começaram a beber antes de adentrar as festas. A partir de então, dispostos a dar um fim a esta mazela que tanto afronta nossas estradas e vias públicas, custe o que custar, as autoridades resolveram radicalizar: AGORA A TOLERÂNCIA É ZERO NO MOMENTO EM QUE OS AGENTES FOREM FAZER O BAFÔMETRO NOS MOTORISTAS. A tolerância de 0,6% de nível alcoólico não existe mais. Escafedeu-se. Já foi aprovado, basta o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionar.

Nos Países do Leste Europeu, a tolerância é maior (a legislação permite que os motoristas dirijam com uma porcentagem entre 0,5% e 1% de álcool no sangue, não configurando ebriez plena). A diferença FUNDAMENTAL entre Brasil e nações como Alemanha, França e Inglaterra, está na cultura e na conscientização dos seus respectivos cidadãos. Não se quer afirmar aqui neste espaço que inexistem acidentes de trânsito nestes países, todavia, é fato notório que lá o índice de mortes por tais razões é significativamente bem menor. O povo europeu tem um nível educacional reconhecidamente bem mais elevado que o nosso. A cultura sobre as leis já vem arraigada em cada um desde muito. Por tudo isso, se justifica o radicalismo adotado por parte do Poder Legislativo Pátrio. Infelizmente, o brasileiro não sabe lidar com a sua liberdade. Se soubesse, não teríamos tantas mortes ocasionadas por obra de embriaguez ao volante e, simultaneamente, não sofreríamos com esta "restrição militar" imposta pelo Legislador. Ante esse quadro demonstrativo, emergem algumas perguntas que não querem calar: será que mesmo com a adoção de medidas legais tão severas o brasileiro irá mudar o seu comportamento no trânsito? Será que as mortes nas estradas diminuirão? Será que o povo brasileiro tem condições educacionais para alcançar a almejada conscientização? Tais imposições não mexem na utópica Democracia Brasileira?

Estes são questionamentos que só o tempo irá dizer. Fora as suposições e as previsões, o resto é mero exercício de futurologia...
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TÍTULO 2: "O Som que Iniciou a Era da Música Eletrônica"

Bem no meio da década de 90 começaram a aparecer as primeiras tendências de música eletrônica. Em meados de 1994, o mundo passou a conhecer um estilo de música bem diferente do rotineiro rock e suas variações (hard rock, pop rock, heavy metal, rock trash, alternative rock, etc.): a dance music. Ora, quem não lembra de Ace of Base e seus hits "Happy Nation" e "All That She Wants"? Quem sabe, Haddaway e sua "Life", ou ainda, a brasileira americanizada Corona com o seu único e eterno sucesso "The Rhythm of the Night"? Pois é...tempos que não voltam mais. [OBS: NÃO ME QUEIRAM MAL AQUELES FERVOROSOS AMANTES DO ROCK, TAMBÉM ADORO ROCK, MAS OS MESMOS INSTRUMENTOS TOCANDO SEMPRE O MESMO ESTILO DE MÚSICA, A MEU VER, TORNA-SE ALGO ROTINEIRO; QUESTÃO DE OPINIÃO]
A evolução da música não parou por aí. Outras bandas de dance music surgiram no cenário mundial, contudo, quando todos achavam que a dance music iria dominar as pistas, o planeta foi surpreendido com um filme extremamente polêmico, o qual apresentava na sua trilha sonora uma track totalmente incomum para os padrões musicais da época. O nome do filme: Trainspotting, dirigido por Danny Boyle. O nome da track: Born Slippy, produzida por Underwolrd.

Trainspotting é um longa-metragem de 94 minutos, do gênero drama, película tipicamente inglesa, distribuído pela Alpha Filmes e produzido pela Channel Four Films. Baseado no livro de Irvine Welsh, o roteiro mostra a trajetória de Renton, um dos muitos jovens drogados do submundo de Edimburgo. Junto com seus amigos, vive loucamente até o dia em que decide abandonar o vício em heroína. Cult-movie audacioso que revelou ao mundo o cineasta Danny Boyle e os atores Ewan McGregor e Robert Carlyle. Na época do seu lançamento, causou grande repercussão na mídia por "falar abertamente" a respeito das drogas, mostrando a que ponto um adolescente drogado pode chegar quando do uso de tais substâncias. Ótimo filme! Uma verdadeira obra-prima. Danny Boyle haveria de dirigir outras películas magnânimas como esta, mas Trainspotting foi um filme único. Até hoje me recordo dos meus tempos de adolescente, em que eu frequentava junto com meus amigos Daniel Dalmás e Paulo Emílio o "falecido" Elo Perdido, casa noturna que funcionava nos arredores do Bairro Bom Fim, próximo à Redenção, e que era decorada com posters de Trainspotting. O público que ia lá era muito semelhante ao que se via há pouco tempo no Bar Opinião, quando este ainda se encontrava em evidência. O fato que mais chamava atenção naquele local é que se tratava de uma casa bem antiga, não muito grande, e tinha seu rol de entrada todo forrado com pêlo rosa.

Passado este leve "devaneio" (hehe), já retomando a questão acerca de Born Slippy, não podemos esquecer que a música eletrônica surgiu no fim dos anos 80. A opinião que relato aqui neste espaço tem a ver com o momento em que a eletrônica ESTOUROU, e quanto a isso, não tenho dúvidas de que Born Slippy, de Underworld foi o som que abalou as estruturas. Esta faixa mostrou ao planeta que há muito ainda o que se esperar da evolução musical. Born Slippy é uma mescla de tecno music com house music. Um som épico que até hoje é tocado pelos dj's, seja na versão original, seja misturado ao psytrance, seja remixado em outro ritmo. A música eletrônica deve muito a Born Slippy. Essa track representou um GRANDE SALTO na evolução sonora, sem dúvida alguma. Não é à toa que não sai do meu Winamp o mp3 de Born Slippy. JUST ENJOY IT!!

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NOME DA MÚSICA: Born Slippy

GÊNERO: Eletrônica

ESTILO: House music com variações para o tecno

AUTORIA: Underworld

VERSÕES: Desde a explosão de sucesso desta música, as mais diversificadas versões têm aparecido. Inclusive, na última rave que fui (a Tribe, no início de 2008), os brazucas da Wrecked Machines iniciaram Enjoy the Silence* com uma pequena "palhinha" de Born Slippy. O PÚBLICO FOI AO DELÍRIO (e eu me incluo)!!! Uma versão que merece destaque é a feita por Fatboy Slim, em que ele acrescenta um "right here, right now", a qual se encontra disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Lxr2PhHzSIs Mas a melhor é a original mesmo. DISPARADO!! Esta pode ser encontrada no seguinte link: http://www.youtube.com/watch?v=JbPkxg69KAs

LETRA: Paixão por uma jovem loira, mesclada ao uso de drogas e aventuras juvenis

SENSAÇÃO: Euforia interior crescente; nostalgia

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[BORN SLIPPY, BY UNDERWORLD]
Nascido cochilando, por Sob o Mundo
Drive boy dog boy
Dirija, garoto! Menino-cão!
Dirty numb angel boy
Garoto-anjo, estúpido e sujo.
In the doorway boy
Na entrada, garoto
She was a lipstick boy
Ela era um batom, garoto
She was a beautiful boy
Ela era linda, garoto
And tears boy
E as lágrimas, garoto
And all in your inner space boy
Tudo no seu espaço interior, garoto
He had hand girls boy
Ele tinha mãos de menina, garoto
And steel boy
E de aço, garoto.
He had chemicals boy
Ele tinha produtos químicos, garoto!
I've grown so close to you boy
Eu cresci assim perto de você, garoto!
And you just groan boy
E você apenas gemeu, garoto.
She said come over come over
Ela disse venha! Venha!
She smiled at you boy
Ela sorriu pra você, garoto.
(REPEAT)
Let your feelings slip boy
Deixe seus sentimentos caírem, garoto!
But never your mask boy
Mas nunca a sua máscara, garoto.
Random blonde boy
Uma loira qualquer, garoto.
High density rhythm blonde boy
Loira em ritmo de alta densidade, garoto.
Blonde country
País loiro.
Blonde high density
Alta densidade loira.
You are my drug boy
Você é a minha droga, garoto.
You're real boy
Você é real, garoto.
Speak to me boy
Fale pra mim, garoto!
Dog dirty numb cracking boy
Menino-cão, sujo e estúpido, usando crack.
You're getting wet boy
Você está começando a se molhar, garoto.
Big big time boy
Grande, grande hora, garoto.
Acid bear boy
Leve o ácido, garoto!
Babes and babes
Babies e babies
And babes and babes and babes
E babies e babies e babies
And remembering nothing boy
E você não lembra de nada, garoto.
Do you like my tin horn boy
Você gosta do chifre da minha lata, garoto?
It get wet like an angel
Ficaria molhado como um anjo.
Derailed
Descarrilhado.
You got a velvet mouth
Você tem boca de veludo.
You're so succulent and beautiful
Você é tão suculenta e linda.
Shimmering and dirty
Calçada e suja.
Wonderful and hot time
Tempo quente e maravilhoso.
On your telephone line
Na sua linha telefônica.
And God and everything
E Deus e tudo mais
On your telephone
No seu telefone.
And in walk an angel
E caminhando como um anjo.
Look at me mum
Olhe pra mim, mamãe!
Squatting pissed in the tube hole
Urinando no buraco do tubo.
At Tottenham Court Road
Na Estrada da Corte de Tottenham
I just come out of the ship
Eu apenas caí fora da nave.
Talking to the most blonde I ever met
Conversando com a mulher mais loira que já coheci.
Shouting lager lager lager lager
Atirando longe longe longe longe
Shouting lager lager lager lager
Atirando longe longe longe longe
Shouting lager lager lager lager
Atirando longe longe longe longe
Shouting lager lager lager
Atirando longe longe longe longe
Shouting mega mega white thing
Atirando mega mega coisa branca
Mega mega white thing
Mega mega coisa branca
Mega mega white thing
Mega mega coisa branca
Mega mega
Mega mega
Shouting lager lager lager lager
Atirando longe longe longe
Mega mega white thing
Mega mega coisa branca
Mega mega white thing
Mega mega coisa branca
So many things to see and do
São tantas coisas para se ver e fazer.
In the tube hole
No buraco do tubo.
True blonde going back to Romford
A verdadeira loira voltando a Romford.
Mega mega mega going back to Romford
Mega mega voltando a Romford.
Hi mum are you having fun
Olá, mamãe! Você se divertiu?
And now are you on your way
E agora é à sua maneira.
To a new age tension headache
Para uma nova era de tensão cerebral.
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TÍTULO 3: "Os 7 Melhores DJ's de Música Eletrônica Residentes no RS"
A partir deste post começarei a publicar uma lista dos 5 ou 10 melhores representantes de cada categoria, cada um em seu respectivo âmbito. Exemplificando: os 10 Filmes Mais Dramáticos, as 10 Músicas Mais Melosas, as 5 Maiores Raves do RS, etc. Por óbvio, que aqui estará sendo vinculada a minha "humilde" opinião. Aqueles que discordarem, sintam-se à vontade para comentar ou até mesmo apontar as suas razões de discordância. Sem mais delongas, vamos à lista dos 7 Melhores DJ's de Música Eletrônica Residentes no RS:
01-Fabrício Peçanha
02-Everson K
03-Rodrigo Ayala
04-Branko
05-Federico Barco
06-Edinho Magalhães
07-Superti
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POST # 3: "Somos feitos de carne, mas temos que viver como se fôssemos de ferro". (FREUD, Sigmund)
[Porto Alegre, 07 de Junho de 2008]
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